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Carta Arqueológica de Grândola – Um Projeto Comunitário
Carta Arqueológica é a designação dada ao inventário de todos os sítios e outros vestígios deixados pelas comunidades que habitaram uma dada região. Constitui, por isso, uma ferramenta essencial no ordenamento e coesão do território, na salvaguarda e proteção do património arqueológico e na sua valorização turístico-cultural.
Apesar da riqueza patrimonial do concelho de Grândola ter granjeado a atenção de inúmeros e ilustres percursores da arqueologia portuguesa, a verdade é que nunca houve um estudo exaustivo que permitisse uma leitura da ocupação deste território.
Encontram-se atualmente inventariados cerca de cinco dezenas de sítios no território grandolense, o que indicia uma baixa frequência de ocorrências arqueológicas. Destes, encontram-se classificados sete, um como Monumento Nacional e outros seis como Imóvel de Interesse Público. Mas, sendo este território caracterizado por ricos e diversificados ecossistemas, propícios à fixação de comunidades desde os primórdios da humanidade, é expectável que este número seja incrementado com trabalhos de prospeção arqueológica.
Foi com o ensejo de aprofundar o conhecimento sobre a realidade arqueológica que o Município submeteu à apreciação da Direção Geral do Património Cultural um projeto de investigação plurianual para o quadriénio 2020-2023.
A Carta Arqueológica de Grândola contempla a realização de um levantamento bibliográfico exaustivo, a revisão/inventariação de materiais depositados em museus regionais e nacionais e a deteção de novos sítios arqueológicos através da prospeção do território.
Paralelamente prevê-se a realização de um conjunto de iniciativas que pretendem dotar o projeto de uma dimensão comunitária, através, por exemplo, da organização de visitas temáticas aos vestígios mais relevantes ou o desenvolvimento de programas de educação patrimonial que incentivem a participação da comunidade, envolvendo-a durante todo o processo de investigação, ora como participantes nos trabalhos arqueológicos ora como observadores ou informantes.
Neste sentido, vimos solicitar a participação de todos os grandolenses neste projeto de salvaguarda da memória coletiva, através da partilha de conhecimentos de histórias que a oralidade atribui ao "tempo dos mouros” ou informações sobre achados de “coisas” antigas.
As informações podem ser facultadas através do correio eletrónico (património.cultural@cm-grandola.pt), telefone (910309898) ou presencialmente no Núcleo Museológico de São Pedro.